O diário de bordo de Hope Godsend
Southampton, ano de 1626. Fugindo à perseguição dos dissidentes religiosos promovida pela Coroa de Inglaterra, a jovem Separatista Hope Godsend, de doze anos, embarca com a família e a criada
Paddie para a Colónia de Plymouth, na costa do Massachusetts. Instruída e observadora, Hope desperta a simpatia do agreste capitão Cornelius van Zeeland, que lhe sugere a escrita de um diário de bordo. Instalada à escrivaninha do camarote do capitão, munida de uma colecção de penas, papel à discrição e um precioso tinteiro de tampa de prata, Hope regista e relata, dirigindo-se a uma hipotética descendência a quem deixará as suas memórias, não apenas os acontecimentos mais marcantes da atribulada viagem através do temível Atlântico, como uma série de recordações da Velha Inglaterra, salpicadas de nostalgia e de juízos muito pessoais do ambiente religioso da época.
No último capítulo do diário, escrito já no novo lar da família Godsend, Hope confronta a dura realidade com as expectativas acarinhadas ao longo dos meses da travessia do oceano. O destino final do diário e dos Godsend é-nos revelado décadas mais tarde, em Philadelphia.