A casa das bruxas
Nos anos 60, os habitantes de uma aldeia conhecida pela qualidade salutar da praia e pela presença do cabo submarino, tecem intrigas a respeito de um casarão situado na periferia, entre o caminho-de-ferro e o denso pinhal a sul. Chamam-lhe “Casa das Bruxas”.
Desde casa mal-assombrada a refúgio de criminosos, a velha mansão vai coleccionando epítetos fantasiosos, que aguçam a curiosidade de um grupo de miúdos da escola local. Dotados de uma boa dose de imaginação, alguma temeridade, nomes de código, artefactos e amuletos, os pequenos heróis da aldeia propõem-se desvendar o mistério da casa de onde — diz-se — se ouvem lamentos e se vêem surgir chamas de uma das janelas da mansarda, nalgumas noites sem luar. Mas o que a princípio se lhes afigurava ser uma aventura incrível capaz de os elevar aos píncaros da consideração dos colegas e dos adultos da aldeia, acaba por tornar-se um pesadelo mortal, quando se vêem enredados nos desígnios